domingo, 16 de dezembro de 2007

Dia de São João

No dia de São João morreu a inspiração
Havia preparado com amor uma declaração
Poesia pura, cada verso pensado e repensado
Mas um momento, apenas um, roubou-me a inspiração
Era dia de São João
Ali parada, a parada, era do boi de matraca
Foi tocada de forma errada
Escapuliu da mão, todo verso, toda poesia
Acabou a inspiração. Meu São João.
Tirou de mim a paz que resplandecia
Apenas um breve momento: virou neve todo meu corpo
De repente toda vontade se esvaiu
Foi a morte do tom poético que a vida naquele momento vivia
Foi a morte de tudo que de bonito existia
Morrem as palavras para eu não morrer de desgosto.
Morre meu São João.

São Luís - Maranhão
25/06/03

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