domingo, 16 de dezembro de 2007

E o tempo vai passando...

E aqui dentro deste quarto o tempo vai passando
E vai passando, passando, passando...
Tento por um instante esquecer, mas como?
Até a tentativa é prova do meu sofrimento
Tem um bichinho que me consola, tem seu nome
Uma volta na Praia Grande: tentativa inútil
Por todos os lados imagens que aumentam a dor
Os casais abraçados me apertam com força o peito
Minha tontura é um tormento causado por sua ausência
E te mato em silêncio, te afogo em minhas lágrimas
Quero que sinta a angústia que sinto neste exato momento
E o tempo passa. Passa... passa...
Nada muda.
Até os versos vão caindo na mesmice porque o tempo passa, nada muda
Nenhuma surpresa para acabar as dúvidas
Até quis deixar de crer que ela possa acontecer
Mas não mando mais em mim e sim meu coração
Ainda há esperança, esperança que só ele, coitado, crê

E aqui dentro deste quarto o tempo vai passando
E vai passando, passando, passando...
E continuo tentando entender, tentando esquecer, tentando não querer, mas como?
Até que os olhos fatigados fecham e durmo
Os sonhos saem a procura, se realizam
Nem gozei e estou de volta a realidade
De volta ao mundo e começa tudo outra vez:
O tempo passa... passa... passa...

São Luís - Maranhão
10.03.03

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