domingo, 16 de dezembro de 2007

Meu amigo Carlos

Meu amigo Carlos me consola:
Calma André, calma André
A dor que sentes é igual ao amor que sentes
E é porque sentes que teu coração está em flagelos
E ainda que negues a dor vai persistir
Porque és verdadeiro e não tens medo do obscuro
E ainda que passe muito tempo
E que renegues este sentimento
Lá no fundo ainda vai haver dor
Mas calma André, muita calma André
Pois isto não será eternamente sofrimento
É só um momento. E quantos já não foram?
Não escrevi com linhas inimagináveis toda esta angústia?
E não dei respostas que te acalmaram e
Suposições que te aumentaram as dúvidas?
Porém, calma André,
A dor dos que amam é o combustível que alimenta a alma dos que vivem para esta luta
E é a força de quem acredita em algo maior do que a poesia pode fornecer
E é o necessário para a prova de que, superada,
A vida é um gozo eterno dentro do pequeno instante.

São Luís - Maranhão
12.03.03

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